Nota Biográfica - Coronel António Feijó de Andrade Gomes
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- Publicado em 12-09-2018
António Feijó Andrade Gomes nasceu a 22 de Setembro de 1943 em Ponte de Lima.
Assentou praça na Academia Militar em 14 de Outubro de 1963 onde frequentou o curso de Infantaria. Em 21 de Março de 1966 cadete-aluno do curso de infantaria, foi promovido a aspirante-a-oficial e colocado na Escola Prática de Infantaria (EPI-Mafra) para tirocínio; concluiu o tirocínio de em 28 de Agosto de 1966, classificado como “Oficial de Infantaria (B)” e foi transferido para o Regimento de Infantaria 6, no Porto.
Foi mobilizado para servir Portugal na Província Ultramarina de Moçambique, em 13 de Janeiro de 1967, embarcando em Lisboa com destino a Morrumbala, para ser integrado na Companhia de Cavalaria 1508 do Batalhão de Cavalaria 1880, concluindo a sua primeira comissão em Fevereiro de 1968.
Promovido a tenente, em 01 de Dezembro de 1968, frequentou o 1º Curso de Operações Especiais em 1969, no Centro de Instrução de Operações Especiais (CIOE-Lamego), sendo promovido a capitão em 28 de Agosto de 1969.
Novamente mobilizado para servir Portugal novamente na Província Ultramarina de Moçambique em 25 de Abril de 1970, embarcou em Lisboa no NTT 'Vera Cruz' como comandante da Companhia de Caçadores 2705 do Batalhão de Caçadores 2914, unidade destinada ao sector centro fronteiriço distrital do Niassa; em 09 de Junho de 1971 foi substituído no comando da sua subunidade e deslocado para o Dondo (Beira), como instrutor de Grupos Especiais de Para-quedistas no Centro de Instrução de Grupos Especiais da Região Militar de Moçambique.
Regressou à Metrópole, em 24 de Maio de 1972, ficando colocado no Centro de Instrução de Operações Especiais (CIOE - Lamego) como instrutor; foi co-subscritor da "Contestação das Alcáçovas" (Setembro de 1973), tendo sido transferido para o Regimento de Infantaria 3 em Beja e depois, em Maio de 1974, novamente, para o no Regimento de Infantaria 6 (RI6) no Porto.
A 20 de Novembro de 1974,é novamente "nomeado por imposição" para servir Portugal na Província Ultramarina de Angola, embarcando no Aeródromo Base n.º 1 com destino à Base Aérea n.º 9, para ser integrado na estrutura do Comando Operacional de Luanda do Comando-Chefe das Forças Armadas em Angola.
Regressado à Metrópole e ao RI 6 em outubro de 1975, a convite do brigadeiro Pires Veloso, fez parte da organização e instrução de três companhias destinadas a constituir um "batalhão operacional da Região Militar Norte.
Nomeado coronel comandante do Centro de Instrução de Operações Especiais (27 de Fevereiro de 1997 a 21 de Setembro de 2000).
Passou à situação de reforma em 22 de Setembro de 2008 e passou a presidir à direcção da «Associação para o Monumento de Homenagem aos Militares do Porto que Combateram no Ultramar», mantendo as funções de presidente da mesa da assembleia-geral da Associação de Operações Especiais até Junho de 2017.
Na sua vida civil o coronel António Feijó de Andrade Gomes foi Cavaleiro de Jure Sanguinis da Sacra e Militar Ordem Constantiniana de São Jorge, onde foi admitido a 15 de Maio de 2003.
Era embaixador extraordinário e plenipotenciário da Ordem Soberana e Militar de Malta na Guiné Bissau, desde 2010, e grã-cruz de Graça e Devoção em Obediência da Ordem (admitido como Cavaleiro de Graça Magistral, em 1995). Desempenhou o cargo de hospitalário da Assembleia dos Cavaleiros Portugueses entre 2000 e 2008.
Era comendador da Ordem da Liberdade, de Portugal (1996), tendo sido igualmente agraciado com a medalha de Mérito Militar, entre outras condecorações militares, portuguesas e estrangeiras, como a medalha da OTAN e a cruz de 1.ª classe, com distintivo branco, da Ordem do Mérito Militar de Espanha. Era igualmente grande-oficial com espadas da Ordem pro-mérito Melitense, da Ordem de Malta (2000), Cavaleiro da Ordem do Santo Sepulcro de Jerusalém (1995), comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e membro da Real Irmandade de Infanções de Illescas (2001).
Primeiro Presidente da Irmandade Militar de Nossa Senhora da Conceição que com toda a entrega e dinamismo refundou em Lamego no ano de 1999, única deste cariz em Portugal, conseguiu trazer para o seu seio mais de 300 irmãos provenientes de todo o território nacional, de vários países da Europa e Brasil, à qual presidiu com denodo durante mais de dezoito anos, até ao fim dos seus dias.
Pelas suas qualidades morais e de católico empenhado, distinguiu-se em todas as organizações a que pertenceu e, como profissional, na carreira militar que abraçou, levando-o a ter sempre a preocupação de recordar e honrar os militares que morreram pela Pátria, como se evidencia no empenho que dedicou á elaboração do Livro da Pátria e na Homenagem aos Combatentes Mortos, no final de cada Cerimónia anual da Irmandade Militar de Nossa Conceição, em Lamego, realizada no Quartel do CTOE, em local específico para o efeito.
Faleceu este Membro e Presidente do Conselho da Irmandade Militar de Nossa Senhora da Conceição, no Hospital Militar do Porto, em 29 de Maio de 2018.
Paz à sua alma
Lamego, 3 de Setembro de 2018,
O Conselho da Irmandade Militar de Nossa Senhora da Conceição
Fontes:
Ordem Constantiniana de São Jorge – Portugal https://www.facebook.com/ordemconstantiniana/
Notícia da Associação de Operações Especiais A.O.E. com informação do Veterano Júlio Pinto
https://www.facebook.com/mariafilomena.azevedoataide/posts/2223785784317436?__tn__=K-R