Orar
A Oração
(Adaptação de um texto de Dennis Allan)
"Sucedeu que Jesus estava algures a orar. Quando acabou, disse-lhe um dos seus discípulos: “Senhor, ensina-nos a orar, como João também ensinou os seus discípulos”." (Lucas 11:1).
A oração é importante. Todos os que querem seguir o Senhor sabem que a oração é parte essencial da vida do discípulo. Entretanto, poucos oram e muitas vezes, quando oramos, parece que lutamos para nos expressarmos a Deus. Embora possa parecer que a oração deveria vir à nossa boca como uma expressão confortável da nossa fé e confiança em Deus, ela frequentemente parece difícil, talvez ineficaz.
Os primeiros seguidores de Jesus observaram os seus hábitos de oração. Eles frequentemente viam o Senhor a procurar um lugar deserto para falar com o Pai. Numa ocasião dessas, pediram-Lhe a Sua ajuda: "Senhor, ensina-nos a orar" (Lucas 11:1). A resposta imediata de Jesus ao pedido dos apóstolos é encontrada em Lucas 11:2-4 Disse-lhes Ele: “Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu Nome; venha o teu Reino; Dá-nos em cada dia o pão da nossa subsistência; perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo aquele que nos ofende; E não nos exponhas à tentação”.
Nem esta oração, nem a semelhante encontrada em Mateus 6:9-13, são destinadas a repetição de palavra por palavra. Jesus não estava a ensinar palavras para serem memorizadas e recitadas; Ele ensinava a orar. Ele deu um exemplo que mostra que tipo de coisas devemos incluir nas nossas orações:
Reverenciar e glorificar a Deus: "Pai, santificado seja o teu Nome". Grandes orações de grandes homens e mulheres são sempre proferidas com grande respeito a Deus. Quando Moisés, Ana, David, Daniel, Neemias e outras importantes personagens da era do Velho Testamento oraram, começaram com declarações de genuína reverência a Deus, como Criador e Senhor do universo.
Buscar a vontade de Deus: "Venha o teu Reino". A oração não é um instrumento para manipular Deus para que faça nossa vontade. Aqui, Jesus orou pelo Reino de Deus, sabendo que esse Reino só poderia vir com todo o seu poder através da sua própria morte. Aqui, como na oração agonizante no Getsêmani, Jesus colocou a vontade do Pai acima de seus próprios interesses: "Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres" (Mateus 26:39).
Quando vemos a oração como nada mais do que uma oportunidade de fazer pedidos a Deus, colocamos a vontade do servo indevidamente acima da vontade do Senhor. Deveremos sempre procurar fazer a vontade de Deus.
Reconhecer a nossa dependência de Deus para as necessidades físicas: " Dá-nos em cada dia o pão da nossa subsistência;". Esta não é uma exigência de abundância e riqueza. Jesus nem praticou, nem ensinou a noção materialista de que o discípulo pode "dizer e exigir" o que quer na oração. Diferentemente das orações de certas pessoas hoje em dia, que se aproximam de Deus mal-criadamente, exigindo tudo o que querem, Jesus mostrou aqui uma dependência de Deus para as necessidades básicas da existência diária. Precisamos de Deus todos os dias.
Reconhecer a nossa dependência de Deus para as bênçãos espirituais: "perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo aquele que nos ofende; E não nos exponhas à tentação”. Encontramos algumas lições valiosas no versículo 4. Primeiro, precisamos do perdão. As palavras de João 8:7 e Romanos 3:23 recordam-nos a nossa culpa. Pecamos. Necessitamos do perdão.
Só Deus tem o direito e o poder para perdoar (Marcos 2:7).
Segundo, precisamos de perdoar. A nossa comunhão com Deus é condicionada a várias coisas, incluindo-se nelas o modo como tratamos as outras pessoas.
Quem se recusa a perdoar a outro ser humano simplesmente não será perdoado por Deus (Mateus 6:14-15; 18:15-35).
Terceiro, precisamos do auxílio de Deus para que não pequemos. Deus tem o poder para nos auxiliar a derrotar o inimigo. Paulo garantiu que se pode escapar de cada tentação (1 Coríntios 10:13). Jesus "é poderoso para socorrer os que são tentados" (Hebreus 2:18). Ele deixou-nos um exemplo perfeito de obediência para encorajar nossa fidelidade (1 Pedro 2:21-24). Na hora de sua mais difícil tentação, Jesus voltou-se para o seu Pai em oração fervorosa. Depois daquelas orações ele saiu do Getsêmani preparado para suportar o poder das trevas, e sofreu o ridículo e a morte para cumprir a vontade de seu Pai. Jesus encontrou o auxílio necessário quando apelou para o seu Pai, em oração.
Deixamos-lhe algumas pistas:
- Liturgia Diária
- Oração Diária
- Liturgia das Horas
- Vista permanente da Capelinha das Aparições de Fátima (Recitação do Rosário: todos os dias às 18H30, com excepção dos fins-de-semana)
- Ave Maria de Schubert